5 Formas de Persuadir Pessoas

Como Persuadir Pessoas

Convencer pessoas que o seu jeito é o melhor geralmente é difícil – especialmente quando não há muita certeza do porque não concordarem com você. O truque é fazê-los imaginar porque eles estão dizendo “não” - e com as táticas certas, isso pode ser bem fácil. Aqui está como.

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O Básico

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    Entenda como o momento certo é importante. Saber como persuadir pessoas não é apenas saber falar ou ter uma boa linguagem corporal – é também saber o momento certo de falar. Caso se aproxime das pessoas quando elas estiverem relaxadas e mais abertas à discussão, você irá alcançar resultados melhores e mais rapidamente.
    • Pessoas são mais sujeitas à persuasão logo após agradecerem alguém – elas se sentem em dívida com essa pessoa. E as pessoas que são agradecidas estão na melhor forma para persuadir alguém – elas se sentem “superiores”. Se alguém agradecer-lhe por algo, este é o momento perfeito para pedir algum favor. Algo do tipo como “Aquilo que vai, volta”. Você coçou as costas da pessoa, e agora está na hora da pessoa coçar as suas.
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    Conheça as pessoas. Uma grande parte do sucesso de uma persuasão está baseada no seu relacionamento com seu cliente/filho/amigo/funcionário. Se você não conhece bem a pessoa, é imprescindível que construir uma conexão com ela imediatamente – ache coisas em comum o mais rápido possível. Seres humanos, no geral, sentem-se mais seguros (e assim se apegam mais) com pessoas que são parecidas com eles. Então, faça amizade e conheça as pessoas.
    • Primeiramentem fale a elas o que as interessa. Uma das melhores formas de fazer pessoas se abrirem é falar sobre algo que seja a paixão delas. Faça perguntas inteligentes, de significado, sobre o que interessa a elas – e não se esqueça de dizer por que essas coisas lhe interessam também! Ver que você tem um espírito parecido com o dela irá fazer com que a pessoa seja receptiva e aberta.
      • Aquela é uma foto da pessoa em uma pescaria? Legal! Você estava justamente interessado em começar a pescar também – mas em que época do ano a pescaria é melhor? Esse é um ótimo ponto para início de conversa.
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    Fale de modo afirmativo. Se disser ao seu filho ou filha “Não desarrume seu quarto”, quando gostaria de dizer “Arrume o seu quarto”, você não irá chegar a lugar algum. “Não hesite em entrar em contato comigo” não é o mesmo que “Me ligue na Terça-feira!”. Não importa com quem você fale, essa pessoa não irá saber o que você quer dizer e assim não irá fazer aquilo que você mandou.
    • Fale com clareza. Se você não fala claramente, a pessoa até pode quere concordar com você, mas não sabe necessariamente o que você está dizendo. Falar em tom afirmativo irá ajudar você a ser direto e deixar suas intenções claras.
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    Apoie-se em Ethos, Pathos, e Logos. Sabe aquela aula de literatura que você teve no ensino médio onde ensinaram sobre as Argumentações de Aristóteles? Não? Bem, aqui vai um pequeno resumo. O cara era muito inteligente – e essas argumentações são verdadeiras até hoje.
    • Ethos – pense em credibilidade. Nós tendemos a acreditar nas pessoas que respeitamos. Porque você acha que existem os porta-vozes? Justamente por causa dessa característica. Aqui vai um exemplo: a marca Hanes. Eles fabricam boas roupas íntimas, e são uma companhia de respeito. Mas esse é o bastante para você comprar os produtos deles? Bem, talvez. Opa, mas o Michael Jordan é garoto propaganda dela há vinte anos? Pois é, aí está.
    • Pathos – é sobre suas emoções. Todo mundo conhece o comercial de Sarah McLaghlan, com a música triste e os filhotinhos tristes. O comercial é horrível. Por quê? Porque se você o assiste, você irá ficar triste, e se sentir compelido a ajudar os filhotinhos. Esse comercial utiliza Pathos da melhor forma possível.
    • Logos – essa é a raiz da palavra “lógica”. Esse talvez seja um dos modos de persuasão mais honestos. Você simplesmente mostra à pessoa que você está conversando o porquê ela deve concordar com você. É por isso que estatísticas são usadas tão frequentemente. Se lhe disserem “Em média, adultos que fumam morrem 14 anos mais cedo do que aqueles que não fumam” (o que é verdade), e você quer viver por muito tempo e ter uma vida saudável, a lógica irá lhe dizer que é melhor que você pare com o cigarro. Isso aí. Pura persuasão.
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    Gere uma necessidade. Essa é a regra número 1 quando o assunto é persuasão. No fim das contas, se não existe necessidade para o que você está tentando vender/conseguir/fazer, nada vai acontecer. Você não precisa ser o próximo Bill Gates (ainda que ele tenha criado uma grande necessidade) – tudo o que você deve fazer é olhar para a Hierarquia Maslow. Pense em diferentes grupos de necessidade – sejam elas fisiológicas, de proteção, segurança, amor, autoestima. Você com certeza pode achar uma área na qual algo esteja faltando, alguma coisa que só você realmente pode melhorar.
    • Crie uma escassez. Além daquilo que nós humanos precisamos para sobreviver, quase tudo tem um valor numa escala relativa. Algumas vezes (talvez até na maioria das vezes), nós queremos coisas porque outras pessoas querem (ou já têm) tais objetos. Se quiser que alguém tenha o que você tem (ou é, ou faça, ou lhe queira), será preciso fazer esse objeto ser escasso, mesmo que o mesmo seja sua pessoa. E, no fim das contas, tal objeto deve suprir a demanda.
    • Crie uma urgência. Para conseguir fazer as pessoas agirem instantaneamente, você deve ser capaz de invocar um “senso” de urgência. Se elas não estão motivadas o bastante para querer o que você tem nesse exato momento, não é provável que elas venham a mudar o modo de pensar no futuro. Você deve persuadir as pessoas no presente; isso é tudo o que importa.

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Suas Habilidades

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    Fale rápido. Isso mesmo – pessoas são mais persuadidas por uma pessoa que fala rápido e confiantemente do que alguém que fala com cuidado. E meio que faz sentido – quanto mais rápido você fala, menos tempo o ouvinte tem de processar o que você diz e questionar. Sem falar que você cria o sentimento de que você realmente entende do assunto, ao falar rapidamente de modo confiante.
    • Em outubro de 1976, um estudo publicado no Jornal de Personalidade e Psicologia Social analisou a velocidade na fala e a atitude das pessoas. Os pesquisadores falaram com os participantes, tentando convencê-los de que cafeína fazia mal para eles. Quando eles falaram em um ritmo acelerado de 195 palavras por minuto, os participantes foram mais persuadidos; aqueles na qual a conversa consistia de 102 palavras por minuto foram menos convencidos. Foi considerado que altas taxas de palavras (195 palavras por minuto é o mais rápido que pessoas podem falar em uma conversa normal), a mensagem era vista de forma mais crível – assim mais persuasiva. Falar rápido indica confiança, inteligência, objetividade e um conhecimento superior. Falar a uma taxa de 100 palavras por minuto, o mínimo em uma conversa normal, foi associado ao lado negativo.
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    Seja convencido. Quem imaginaria que ser convencido seria uma coisa boa (nos momentos certos)? De fato, recentes estudos têm dito que seres humanos preferem petulância à expertise. Já se perguntou por que políticos sem noção e charlatões conseguem sair ilesos de tudo? Não se pergunta por que o Renan Calheiros ainda está no planalto? É uma consequência do funcionamento da mente humana. Uma consequência, de fato.
    • Uma pesquisa feita na Universidade Carnegie Mellon mostrou que pessoas preferem conselhos de fontes confiantes – mesmo que nós saibamos que essa fonte não seja assim tão bem credenciada. Se a pessoa tem noção disso (seja subconscientemente ou não), isso pode dar a ela uma confiança extra no assunto.
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    Domine sua linguagem corporal. Se você parece ser fechado, inacessível, e sem vontade de se comprometer, pessoas não irão ouvir a nenhuma palavra que você disser. Mesmo que você fale as coisas certas, as pessoas também querem ver o que o seu corpo fala. Tome cuidado com o seu porte, tanto quanto com o que você fala.
    • Seja aberto. Mantenha seus braços descruzados e seu corpo em direção à pessoa com quem você está falando. Mantenha um bom contato visual, sorria, e tente não ser irritante.
    • Imite a pessoa. Mais uma vez, pessoas gostam daqueles que tendem a ser iguais a elas – ao tentar se parecer com elas, você está, literalmente, na mesma posição que elas. Se elas estão apoiadas sobre o cotovelo, faça a mesma coisa. Se elas estão espreguiçadas na cadeira, faça o mesmo. Não faça isso tão conscientemente para que não chame a atenção – na verdade, se rolar alguma conexão entre você e a pessoa, isso meio que acontece naturalmente.
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    Seja consistente. Imagine um importante político com seu terno em um palanque. Um repórter faz uma pergunta sobre como o apoio político dele vem principalmente das pessoas mais velhas. Em resposta, ele balança seus punhos, se prepara, e fala agressivamente, “Eu sinto pena da geração mais nova”. O que há de errado nessa história toda?
    • Tudo está errado. O figura do político – o corpo, o movimento – ir contra o que ele fala. Ele tem a resposta apropriada, mas a linguagem corporal dele é dura, desconfortável, e feroz. Com resultado disso, ele não parece ser de confiança. Para conseguir ser persuasivo, sua mensagem e sua linguagem corporal devem se complementar. Caso contrário, você irá parecer um mentiroso.
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    Seja persistente. Certo, não atormente uma pessoa até a morte se ela continuar dizendo não, mas não deixe que isso impeça que você tente persuadir outra pessoa. Você não conseguirá ser persuasivo com todos, especialmente enquanto ainda está aprendendo a ser assim. A persistência irá dar frutos no futuro.
    • A pessoa mais persuasiva é aquela que continua a pedir por aquilo que ela quer, mesmo que ela continue sendo rejeitada. Nenhum líder teria conseguido alguma coisa se eles tivessem desistido na primeira rejeição. Abraham Lincoln, um dos presidentes mais reverenciados na história, perdeu sua mãe, três filhos, uma irmã, a namorada, fracassou nos negócios, e perdeu 8 eleições antes de ter sido eleito o presidente dos Estados Unidos.

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O Incentivo

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    Arranje um incentivo econômico. Você quer algo de alguém, nós sabemos. Agora, o que você pode dar a essa pessoa? O que você sabe de algo que essa pessoa possa estar querendo? A primeira resposta é: dinheiro.
    • Digamos que você tenha um blog ou um jornal e quer que um autor dê uma entrevista. Ao invés de dizer “Ei, eu gosto do seu trabalho”, o que seria mais efetivo? Aqui vai um exemplo: “Querido João, percebi que você tem um livro que será lançado nas próximas semanas, e acredito que os leitores do meu blog, iriam devorá-lo. Você se importaria de fazer uma entrevista de 20 minutos, para que eu possa mostra-la aos meus leitores? Iremos também dar uma “ajudinha” para o seu livro. Agora o João sabe que se ele for à entrevista, ele irá conseguir uma maior audiência, irá vender mais o trabalho dele, e ainda irá ganhar mais dinheiro.
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    Opte pelo incentivo social. Certo, certo, nem todo mundo se preocupa só com dinheiro. Se essa não é uma opção, escolha a iniciativa social. A maioria das pessoas se preocupam com a própria imagem de uma forma geral. Se você conhece os amigos dessa pessoa, melhor ainda.
    • Iremos usar o mesmo exemplo anterior, mas usando o incentivo social: “Querido João, eu li recentemente uma parte da sua pesquisa que você publicou, e eu não pude deixar de pensar “Porque TODOS não sabem sobre isso”? Então imaginei, você estaria interessado em uma entrevista de 20 minutos onde nós possamos falar sobre essa parte da pesquisa? Anteriormente, eu já fiz uma entrevista parecida com o Max, que já trabalhou com você antes, e eu acredito que sua pesquisa será um grande sucesso no meu blog. Agora, o João sabe que Max já participou também (alusão à argumentação Ethos) e que essa pessoa é apaixonada pelo trabalho. Socialmente falando, João não tem porque não ceder a entrevista e vários motivos para cedê-la.
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    Use o caminho da moral. Sem dúvida esse é o método mais fraco, mas pode ser o mais efetivo com algumas pessoas. Se você conhece alguém que não seria movido por dinheiro ou pela imagem social, dê uma chance a este método.
    • ”Querido João, eu li a pesquisa que você publicou, e não pude deixar de imaginar “Porque TODO mundo não sabe disso?”. Para falar a verdade, é por isso que eu lancei o meu blog. Meu grande objetivo é trazer a visão geral de trabalhos científicos para o público em geral. Estava me perguntando, você não estaria interessado em ceder uma entrevista de 20 minutos? Nós poderíamos mostrar os aspectos principais de sua pesquisa para meus ouvintes, e com esperança fazer do mundo um lugar mais inteligente.” A última linha da carta ignora o dinheiro e o ego, e segue o caminho da moral.

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Estratégias

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    Utilize a culpa e a reciprocidade. Você já teve um amigo que diz “Deixa essa comigo!” e seu pensamento instantâneo é “A próxima é comigo então?” Isso é porque estamos condicionados a retornar favores; e é justo. Então quando você fizer a alguém um “bom ato” pense nisso como um investimento em seu futuro. As pessoas irão querer retribuir.
    • Se você é cético quanto a isso, existem pessoas que utilizam essa técnica o tempo inteiro. O TEMPO INTEIRO. Aquelas mulheres chatas naqueles quiosques no shopping oferecendo loções? Reciprocidade. Aquele bombom que vem junto com sua conta no final do almoço? Reciprocidade. Aquela dose grátis de tequila no bar? Reciprocidade. Está em todo o lugar. O mundo dos negócios utiliza muito este método.
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    Aproveite o poder da simpatia. É da natureza humana querer ser legal e se “encaixar”. Quando você faz outras pessoas perceberem que outras pessoas fazem isso também (uma pessoa ou um grupo de pessoas que elas respeitam), é como se você estivesse assegurando o que você está dizendo e tira faz com que elas não pensem muito na questão, sela ela boa ou não. Ser “Maria vai com as outras” nos faz preguiçosos mentalmente. E também não nos deixa para trás.
    • Um exemplo de sucesso desse método é o uso de cartões informacionais em banheiros de hotel. Em um estudo, o número de clientes que usaram novamente suas toalhas aumentou em 33% quando as informações contidas nos cartões diziam que “75% dos clientes que ficam neste hotel usam novamente suas toalhas”, de acordo com pesquisas.
      • E a coisa fica mais séria. Se você já teve alguma aula introdutória de física, você já ouviu falar desse fenômeno. Nos anos 50, Solomon Asch conduziu vários estudos a respeito do assunto. Ele colocou uma pessoa em um grupo na qual a todos foram ditos para falar a resposta errada (nesse exemplo, que uma linha visivelmente menor que outra era maior (algo que uma criança de 3 anos pode perceber)). Como resultado, chocantes 75% dos participantes disseram que a linha menor era maior e estavam completamente comprometidos com a resposta, apenas para se encaixarem no grupo. Bem louco, né?
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    Peça bastante. Se você é pai de família, você já viu esse método em ação. Uma criança fala “Mamãe, mamãe! Vamos à praia!”. A mãe diz não, se sente um pouco culpada, mas não tem a opção de mudar de ideia. Mas então a criança diz, “Tudo bem. Vamos pra piscina então?”. A mãe, que quer dizer “sim”, e acaba dizendo.
    • Então, peça aquilo que você quer “por segundo”. Pessoas se sentem culpadas quando recusam um pedido, independente do que seja geralmente. Se o segundo pedido (ou seja, o que você realmente quer) é algo na qual eles não tenham porque negar, com certeza irão pegar essa oportunidade de fazer isso. O segundo pedido dá a oportunidade de se livrar da culpa, como uma rota de fuga. As pessoas irão se sentir aliviadas, melhores sobre si mesmas, e você terá aquilo que quer. Se você quer 10 reais, peça 25 reais. Se você quer um projeto pronto em um mês, primeiro peça que ele esteja pronto em duas semanas.
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    Use “nós”. Estudos têm mostrado que usar “nós” é mais produtivo para persuadir pessoas, ao invés de outras abordagens menos positivas (como abordagens ameaçadoras “se você não fizer isso, eu irei...”) ou abordagens racionais (“Você deve fazer isso pelas seguintes razões...”). O uso do “nós” mostra um sentido de camaradagem, cumplicidade e entendimento.
    • Lembre-se como dissemos antes que era importante estabelecer uma conexão para que o ouvinte se sentisse semelhante a você e gostasse de você? E como dissemos que assemelhar sua linguagem corporal à dele iria fazer com que ele se sentisse mais à vontade? Bem, agora você deve usar “Nós”... Para que o ouvinte sinta-se parecido com você e de bem com a sua presença. Aposto que você não esperava por essa.
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    Tenha iniciativa. Você sabe quando um time geralmente não consegue fazer nada até que alguém apareça e dê aquele empurrão que faltava? Bem, você precisa ser essa pessoa. Se você deu o primeiro empurrão, o seu ouvinte irá se sentir mais inclinado a fazer o resto.
    • Pessoas têm mais vontade de terminar uma tarefa ao invés de fazer tudo sozinhas. Na próxima vez que a roupa tiver que ser lavada, tente jogar as roupas na máquina, então peça ao seu namorado(a) para fazer o resto pra você. É tão fácil que eles não podem justificar porque de não fazer.
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    Faça com que digam sim. Pessoas querem ser consistentes consigo mesmas. Se você conseguir com que digam “sim” (de um jeito ou de outro), elas irão se prender a isso. Se elas admitiram que precisam resolver algum problema ou você ofereceu a solução, elas irão se sentir obrigadas a concordar. O que quer que seja, faça com que concordem com você.
    • Em um estudo feito por Jing Xu e Robert Wyer, participantes mostraram que eram receptivos a qualquer coisa se antes fosse mostrado à eles algo na qual eles eram a favor. Em uma das sessões, participantes ouviram ou a um discurso de McCain ou Barack Obama, e então assistiram a uma propaganda da Toyota. Republicanos foram mais seduzidos pela propaganda após assistirem John McCain, e os Democratas? Adivinhe – foram a favor da Toyota após terem assistido o discurso de Barack Obama. Então, se você está tentando vender alguma coisa, faça com que seus clientes concordem com você antes – mesmo que seja algo que não tenha nada a ver com o que você está tentando vender.
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    Seja equilibrado. Apesar do que pode parecer algumas vezes, pessoas têm pensamento independente e não são todas idiotas. Se você não mencionar todas as faces de seu argumento, é menos provável, que elas venham a concordar ou acreditar em você. Se a fraqueza está estampada em seu rosto, reconheça-a você mesmo – antes que alguém o faça.
    • Através dos anos muitos estudos têm feito comparações entre argumentos que só mostravam os prós, e outros argumentos que mostravam os prós e contras, e suas eficácias e persuasão em diferentes contextos. Daniel O’Keefe da Universidade de Illinois teve o resultado de 107 diferentes estudos (ao longo de 50 anos, com 20.111 participantes) a desenvolveu um tipo de meta-análise. Ele concluiu que argumentos que mostram os prós e contras são mais persuasivos que aqueles que apenas mostram os prós equivalentes – com diferentes tipos de mensagens persuasivas para audiências variadas.
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    Tenha cartas na manga. Já ouviu falar no Cachorro de Pavlov? Não, não é a banda de rock de 1970. É o experimento do condicionamento clássico. É mais ou menos isso. Você faz alguma coisa que subconscientemente causa uma reação na outra pessoa – e ela sequer sabe disso. Mas isso leva tempo e muito trabalho.
    • Se todas as vezes que o seu amigo mencionar Pepsi você resmungar, esse seria o exemplo perfeito do condicionamento clássico. Eventualmente, quando você resmungar, seu amigo irá pensar na Pepsi (talvez você quisesse que ele bebesse mais Coca?). Um exemplo mais útil seria se seu chefe usasse as mesmas palavras para elogiar alguém. Quando você ver ele parabenizando alguém, isso irá lembra-lo do dia em que ele lhe parabenizou – e você trabalha mais arduamente com o orgulho do elogio melhorando o seu humor.
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    Aumente suas expectativas. Se você está em uma posição de poder, esse método é melhor ainda – é como se fosse o tal. Deixe claro que você tem total confiança nos atributos positivos de seus subordinados (funcionários, filhos, etc) e eles ficarão mais aptos a obedecer.
    • Se você disser a seu filho que ele é inteligente e que você sabe que ele irá tirar boas notas, ele não irá querer desapontar você (se ele puder evitar). Fazer com que ele saiba que você confia nele irá fazer com que seja mais fácil que ele tenha confiança em si mesmo.
    • Se você é o chefe de uma companhia, seja uma fonte de positividade para seus funcionários. Se você deu a alguém um projeto particularmente difícil, deixe que essa pessoa saiba que você deu a ela esse projeto porque sabe que ela dá conta. Ela exibiu certas qualidades que provam isso. Com esse novo gás que você injetou, o trabalho dessa pessoa irá sair melhor ainda.
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    Negocie com alguma perda. Se você pode dar algo a alguém, ótimo. Mas se você pode impedir que as pessoas venham a perder algo, é aí que você entra. Você pode ajudar a evitar um estresse nas vidas deles – porque diriam não?
    • Existe um estudo na qual um grupo de executivos tiveram que tomar uma decisão em uma proposta que envolvia ganhos e perdas. As diferenças foram imensas: o dobro dos executivos disse sim para a proposta se a companhia tivesse que perder 500.000 dólares, se a proposta não fosse aceita, comparada ao projeto que dava um lucro de 500.000. Você poderia ser mais persuasivo apenas por mostrar os custos e esconder os lucros? Talvez.
    • Isso funciona tão bem quanto na sua casa. Não consegue tirar o marido da frente da televisão para que vocês saiam à noite? Fácil. Ao invés de ficar brigando com ele sobre a necessidade de um tempo juntos, lembre-se que essa é a última noite antes que os filhos de vocês voltem pra casa. Ele irá ser mais persuadido sabendo que ele pode perder alguma coisa.
      • No entanto, você deve ter cuidado com esse método. Existe uma pesquisa oposta que sugere que pessoas não gostam de ser lembradas de coisas negativas, ao menos não pelo lado pessoal. Quando o assunto já é relacionado ao lar, elas se desesperam por causa de implicações negativas. É mais ou menos assim: Pessoas preferem ter uma “pele atraente” do que “evitar câncer de pele”, por exemplo. Então tenha em mente o que você está pedindo antes que você negocie perdas de um jeito ou de outro.

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Como um Vendedor

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    Mantenha contato visual e sorria. Seja educado, animado, e carismático. Uma atitude boa irá lhe ajudar mais do que você pensa. Pessoas irão querer ouvir o que você tem a dizer – no final das contas, conseguir entrar pela porta que é a parte mais difícil.
    • Você não irá querer que os clientes pensem que você está forçando seu ponto de vista à eles. Seja suave e confiante – será mais provável que eles acreditem em cada palavra sua.
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    Conheça o seu produto. Mostre a eles todos os benefícios. Mas não os benefícios que proporcionam a você. Diga como o produto irá beneficiar eles. Isso sempre chama a atenção.
    • Seja honesto. Se você tem um produto ou ideia que não é necessária para seu cliente, eles irão saber. Será constrangedor e eles irão parar de acreditar até nas palavras que possam ser verdadeiras para eles. Mostre os dois lados da situação para assegurar que você é racional, lógico, e que tem o melhor das intenções.
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    Prepare-se para quaisquer contradições. E prepare-se para qualquer uma na qual você não tenha pensado! Se você praticou bem o que irá dizer e está preparado para uma completa avaliação, isso não será problema.
    • Pessoas irão procurar algo para dizer não, caso pareça que é você que irá ganhar mais pela transação. Minimize isso. O cliente é quem deve se beneficiar – não você.
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    Não tenha medo de concordar com a pessoa. Negociação é uma grande parte da persuasão. Só porque você teve que negociar não quer dizer que você não vá vencer no final. Na verdade, toneladas de pesquisas apontam que a simples palavra “é...” tem grandes poderes de persuasão.
    • Enquanto que “é...” pode parecer um candidato estranho para uma palavra persuasiva, ela parece ter todo esse poder porque ela faz você se sentir concordante e amigável, e faz parecer com um pedido. Fazer com o que você quer seja um acordo, ao invés de um favor, pode fazer com o cliente acabe “ajudando” você.
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    Use comunicação indireta com chefes. Se você está falando com seu chefe ou alguma outra pessoa que está num aposição de poder, evite ser muito direto. O mesmo vale para o caso da sua proposta ser muito ambiciosa. Com líderes, você deve guiar os pensamentos deles, permitindo assim que eles pensem que foram eles a ter a ideia. Eles precisam manter o senso de poder para se sentirem satisfeitos. Jogue esse jogo e alimente-os com as suas ideias sem que percebam.
    • Comece ao fazer o seu chefe se sentir um pouco menos confiante. Fale sobre algo que ele ou ela não sabem muito – se possível, fale fora do escritório dele, em um território neutro. Depois de você jogar a isca, lembre quem é o chefe (ele/ela, claro) – assim fazendo com que ele se sinta poderoso novamente, para que possa fazer algo sobre o seu pedido.
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    Desapegue-se e permaneça calmo quando estiver em algum conflito. Ficar emaranhado em emoções nunca faz de alguém efetivo em persuasões. Em situações de emoção ou conflito, se desapegar e não sentir emoções sempre irá lhe dar maior vantagem. Se alguém está perdendo o controle, ele irá se voltar a você para procurar estabilidade. Já que é você quem está em controle das emoções, as pessoas irão confiar em você nesses momentos para lidera-las.
    • Use a raiva de propósito. Conflitos fazem com que pessoas fiquem desconfortáveis. Se você irá usar essa tática, ou seja, fazer a situação ficar tensa, isso irá fazer com que a pessoa do outro lado recue. No entanto, não faça isso com frequência, e definitivamente não faça isso no calor do momento, ou quando você já perdeu o controle das suas emoções. Apenas use essa tática de modo habilidoso e de propósito.
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    Seja confiante. Não se canse de saber: Convicção é impulsionadora, intoxicante e atrativa como nenhuma outra qualidade é. O cara que está na sala com um sorriso no rosto esbanjando confiança é aquele que persuade todos do time. Se você realmente acredita naquilo que faz, outros irão ver isso e corresponder a você. Eles irão querer ser tão confiantes quanto você.
    • Se você não é confiante, é do seu maior interesse ao menos fingir. Se você entrar em um restaurante cinco estrelas, ninguém precisa saber que você está usando um terno alugado. Contanto que você não entre usando uma camisa e um jeans, ninguém vai lhe fazer pergunta alguma. Quando você entrar em ação, siga essa linha de raciocínio.

Dicas

  • Ajuda muito se você for amigável, sociável, e tiver senso de humor; se você for alguém na qual é bom de estar junto, você irá conseguir influenciar mais as pessoas.
  • Não tente negociar com alguém quando você estiver cansado, com pressa, distraído, ou sem vontade; você com certeza irá fazer concessões na qual irá se arrepender mais tarde.
  • Cuidado com o que você fala. Tudo o que você disser tem que ser otimista, encorajador, e lisonjeiro; pessimismo e criticismo são broxantes. Por exemplo, um político que dá um discurso sobre “esperança” é mais provável de vencer uma eleição; falar sobre “amarguras” não funciona.
  • Sempre que você começar uma discussão, concorde com a pessoa, e diga todas as vantagens sobre o ponto de vista dela. Por exemplo, se você quer vender seus caminhões para uma loja específica de móveis, e o gerente diz na sua cara, "Não, não irei comprar seu caminhão! Eu gosto muito mais das outras marcas por causa disso e daquilo! ". Você deve concordar, e responder algo como "É claro, essa outra marca é muito boa de fato, eu ouvi falar que ela tem uma reputação de mais de 30 anos". Acredite, o gerente não irá mais ficar assim tão competitivo depois dessa! A partir daí, você pode dar seu ponto de vista sobre seus caminhões como "Contudo, você sabia que se os caminhões não conseguirem arrancar na neve, essa companhia não irá ajudar? E você terá que ligar para o reboque para que você mesmo conserte seus caminhões? ". Isso irá ajudá-lo a considerar sua proposta.
  • As vezes, ajuda fazer com que sua audiência saiba que algo é realmente muito, muito importante pra você, e outras vezes não. É importante que você use a discrição.

  • Não desista repentinamente – isso faz eles pensarem que venceram, e será mais difícil de persuadi-los no futuro.
  • Não fale demais ou eles irão fechar completamente as opções no momento em que você perder a influencia sobre eles.
  • Mentiras e exagerações nunca são uma boa escolha de uma perspectiva moral. Sua audiência não é estúpida, e se você acha que pode enganá-la sem ser pego, você merece o que ganhar.
  • Nunca seja conflituoso ou crítico com seu público alvo. Isso pode ser difícil de vez em quando, mas você nunca irá conseguir seu objetivo com esse método. Na verdade, se você for levemente irritável ou frustrado, eles irão perceber e ficar imediatamente na defensiva, então é melhor esperar até mais tarde. Bem mais tarde.
Texto Original: wikihow

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